metamorfose
Sou minha própria âncora e cruz.
Sou a noite galvânica, bruxa catando rã,
buscando na dureza do destino o alimento
que devora a boca.
Sou a transição do que eu era convertida
em tórrido estio.
Quando escolhi ser eu, o fecundo céu
abriu-se como o Mar Vermelho de Moisés.
Nos dias lentos que cerram suas pálpebras,
a verdade se descobre pétala por pétala.
Minha nova identidade me outorga as feridas
cicatrizadas.
Não ser o que fui é tudo o que eu quero.
Um tigre com sangue no focinho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário