nada podia ser melhor
Meu momento é de contrição.
Mas sem remorsos vãos, porquanto inúteis.
No jogo jogado, as perdas e ganhos já não contam.
Tudo se resolveu por conta própria.
O mundo das coisas gastas, a dissipação das dúvidas,
os pináculos do pentagrama : o círculo se fecha
à desguisa das diásporas e metástases.
O tempo flui neutro.
Nada podia ser melhor.
A rosa cortada, a fórmula exata da vida desperdiçada
subtrai-se até o extravaso do bicho carpinteiro.
Meu momento : o coração saltimbanco, resgatado,
tergiversando, caindo de maduro ?
Please, poupem-me dos detalhes sórdidos...
Gazua não serve. Bazuca, talvez.
Como diria Leminski, em briga de camundongo perneta
com caranguejo capenga, abelhudo não se mete.
Se agora me interrogo é porque me desconheço.
Refugiando-me em Maracangalha.
Insignificantemente sujo, pouco, interdito.
Me busco onde está tudo perdido.
No nuliverso.
Agora deu.
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