domingo, 23 de outubro de 2022


                      coisas atiradas ao acaso






Todas as coisas juntas,

atiradas ao acaso, em cada esquina,

cumprem sua sina.

Todas as coisas justas,

todas as coisas fajutas,

o vento levando os lamentos,

ventos lavando o vento.


O orador tropeça no silêncio.

No jogo para não ganhar, misturo o que ignoro

com o que esqueci.

Quero isso de ser só eu.

Muito é dito, pouco é feito.

A boca diz o que o coração não sente.

O jeito é abolir o presente.


Pesadelo de camaleão é ter uma só cor.

Não acredite em tudo que lhe falam, mas arrisco 

um palpite : o vento sopra o lume só para ver 

o circo pegar fogo.

É todo um nunca que perscruta o passado.

Acredite, posso ser o que quiser, menos eu.






 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

                      o palhaço da Criação Justiça seja feita à espécie humana : não há nada mais tosco e degenerado na Criação. Filho enjei...