coisas atiradas ao acaso
Todas as coisas juntas,
atiradas ao acaso, em cada esquina,
cumprem sua sina.
Todas as coisas justas,
todas as coisas fajutas,
o vento levando os lamentos,
ventos lavando o vento.
O orador tropeça no silêncio.
No jogo para não ganhar, misturo o que ignoro
com o que esqueci.
Quero isso de ser só eu.
Muito é dito, pouco é feito.
A boca diz o que o coração não sente.
O jeito é abolir o presente.
Pesadelo de camaleão é ter uma só cor.
Não acredite em tudo que lhe falam, mas arrisco
um palpite : o vento sopra o lume só para ver
o circo pegar fogo.
É todo um nunca que perscruta o passado.
Acredite, posso ser o que quiser, menos eu.
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