o pacto
Todas as coisas que eu queria dizer
não se comparam com o que sinto.
Um pacto inconsentido aninha-se em secreto
desacordo com a verdade.
Onde não cabem discórdias.
Meu momento é de contrição.
A meus olhos, o que me seduz é a cegueira de não
ver para crer.
Não ver como o universo se resolve em perfeita
harmonia.
Para onde convergem luas macias e sonhos itinerantes.
Meu querer não é suficiente, logo a reinvenção dos elementos
recolhe os despojos
do plano austero que não deu certo.
A natureza se desforra e eu me deleito em
subornar o tempo.
Num fluir de essências e formas emanados de desejos
martirizados.
Há bálsamos para toda dor e cada hora.
Só nos resta encontrá-los.
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