sem direito de errar
Não se iluda, o amor é a maior das enganações.
É lindo enquanto dura, mas se desfigura ao longo do tempo.
Inebria e lacera com sua linguagem de cantos
e de guerras.
Para que o escutes, adelga-se em vigílias de angústias
e volutas de desejos.
Brinca e se fecha como uma flor noturna para acalentar
o desconhecido.
Joga, se opõe, germina em terra dura, enquanto a vida
escorre pelos cantos e os segundos destilam pressa.
Mora em ti na ilusão de querer sem questionamentos.
Livre, sem precisar de muros, grades, arame farpado,
só deseja mutilar-se.
Seu fruto traz as sementes que sincronizam
todos os elementos.
Sem distinções, nos faz idênticos.
Eternos aprendizes sem direito de amar.
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