terça-feira, 21 de fevereiro de 2023



                  caixas pandóricas



É preciso não ser feliz para ser sábio.

Se desfazer dos disfarces com que se confunde.

A quem pensa bem, lhe basta seus constos.

O canto simula as secreções que o corpo segrega.

Narciso distraído pelas amarguras da rua, de onde

vem essa incapacidade de ser além do que convém ?

O amor vence mas não compensa.

Interesses dispersos emboscam paradoxos suspeitos.

Deus lhe dê em dobro tudo que elucubra. 

O que não é de ninguém, não se tem. Corações, por exemplo.

Caixas pandóricas simulam heresias.

A cada outro, quem vai embora fica.

O membro viril também fraqueja.

Em tempos incertos, porcos comem pérolas.

E o truão caga ouro.



 


 

 

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