matar ou morrer
Saiu menino de manhã.
Voltou homem à tarde.
Com amargura viçosa nos olhos.
O rosto acometido de escamas.
Forte de detritos e exímio em bordas de estradas.
De tão cedo que abraçou o mundo,
ninguém o reconhece mais.
De profissão de natureza esguia.
Raskolnikof talhado em sabedoria iletrada.
O pai o quereria morto.
Já a mãe fingia não ver.
O homem baldio.
Que cresceu na condição de matar ou morrer.
Resto anuroso de pessoa.
Cansado de ser ermo.
Sem um verme que o iluminasse.
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