a sete chaves
Estrelas estalam
no firmamento abandonado
dos sonhos impossíveis.
Aedos contorcem as formas
que ao sono letárgico conduzem.
Rios seguem seu curso infindável.
Os dias se desmancham em sumidouros
inescrutáveis.
Amor e horror se locupletam alheios
à transitoriedade de tudo.
Vastos elementos misturam-se ao excremento
cum grano salis.
Poetas marginais catam feijão
em searas esbatidas por todos os ventos.
Estações sem flores
Colmeias sem mel
deflagram
sucessivos rascunhos
da vida guardada a sete chaves.
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