sexta-feira, 10 de março de 2023


                        crenças aviltadas





 


Nas coisas que vem do nada,

a trânsfuga se transfigura.

O que debanda, contamina.

Debuxos desvendam-se sob o influxo das oferendas.

Se impossível for, abracadabra-se. 

O que não quer dizer, não diga.

Tudo está por um triz.

Paradoxos efluem em forma de dilema. 

Data vênia cooptam o sistema.

O velho jogo de cartas marcadas na manga.

A raiva penetra o silêncio do que ficou para trás.

Deflora o chão em que tudo é carência.

Não existe a terra prometida.

Crenças aviltadas iluminam as horas mortas.

Nada permanece além da vida que não é nossa.















 

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