SOBREVIVENTE
Entre as muitas jornadas em meio a jornada,
sóis estagnados aquecem o labor
de quem se esquece de quem foi um dia.
O antigo eu não exige nem pede.
Venceu a dor mas perdeu a esperança.
Nada espera mas não cala.
Celebra a vida da qual se despede.
Sublime e dolente.
Nada mais pungente
que o doce epitalâmio
de um sobrevivente.
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