a luta
A mudez do tempo, monumento de sonhos desfeitos,
cinzela olvidos e ledos enganos.
Acorrentado à vida, o corpo pastoreia
incontornáveis esperanças e lutas desesperadas.
Entre a luz e a treva, entre a cruz e a espada,
o acaso algema e liberta, para converter a animalidade
em humanas façanhas.
Fatigante é o exercício de viver.
Oscilando entre ferir ou ser ferido,
quase sempre algoz de si mesmo, o tormento
não tem fim.
Frente à frente com o carrasco, sem entender
a sentença, sem perceber
os limites do permitido, o homem
luta para não destruir-se à toa.
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