sábado, 22 de julho de 2023



                  

                               sonho de consumo


                       remorsos da consciência/arte surrealista



Náusea de espelho.

Náusea de mim mesmo.

Ecos de Borges a dessonhar as quimeras.

Esculpindo o indecifrável.

Fragmentos do limbo ensimesmam a melancolia.

Líquens deliquem em festins de felações impudicas. 

O apogeu do epigeu faz jus à modernidade insuportável.

Detendo-se na espessa ausência rimbaudiana. 

Poemar não é mais preciso.

A um passo do cadafalso, tudo que é falso range.

Exorbitâncias estupefatas liquefazem 

o sangue de barata.

O descompasso premedita o inesperado.

Cai a noite e a lua demora.

Barcos exaustos retornam alados.

A calmaria assenhora-se das horas.

A ventania festeja a vitória e a derrota.

Eros ferozes despedaçam-se a vista de Lebos.

A tara de Tirésias é nosso sonho de consumo.





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