minha cruz
Não há nada de especial nesses dias
desabitados, sem futuro.
No entanto, algo ainda reluz à luz crua do universo.
Nos elementos etéreos que colecionam
prelúdios infinitos.
A paz de quem se perdeu em solidões durante a vida.
Seria bom não ter memória, não tivesse o melhor ficado
para trás.
A condenar-me ao desejo vivo mas proscrito.
Minh`alma inquieta me desterra.
De tua morte, sou inocente.
Teu destino vivido e falecido é testemunha
da fraqueza que me fez forte.
Minha cruz é envelhecer.
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