mortos-vivos
Reparte-se a carapaça dos mortos-vivos
sobre o altar dos mitos corrompidos.
Convertidos em palcos de tropicais tragédias,
que geram e degeneram
como escamas de todos os mares.
Sombras de cruzes se projetam multiplicando
os suplícios.
Roteiros de há muito comungados remontam a velhos
cais e maresias.
A escuridão procura a âncora mais poderosa.
A placidez dos santos amassa a fé e o pão
dos que não tem o que comer.
Cães ladram e a caravana passa à luz do provisório saber.
Adeuses soltos ao vento sacodem as crinas do sol de seda.
A vida também sabe deixar de ser, após a morte de tudo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário