o começo e o fim
Já não me vejo como antes.
Envelheci à sombra de mim mesmo.
Querendo ser o que nunca soube ser.
A falta de aptidão para o fracasso nunca me abandonou.
Tudo que fiz de errado deu certo.
Me arrastando pelas sarjetas
meu verdadeiro eu encontrei.
A banalidade da existência não sabe
se eu nasci ou morri.
Em mim se imbrica o começo e o fim.
No pedestal do tempo jaz o jardim sepulcral
de Mallarmé.
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