à beira do caos
Persistem em nós sonhos recalcitrantes,
pêndulos que ultrapassam o tempo de desenganos
e solidões.
A bem-aventurança da fé espúria nos acompanha,
entre esperanças e abismos veneráveis.
A manopla do tempo verte experiências em meio
a ondas de ternura e expiação.
À beira do caos, o sol de branca harmonia conjura
os elementos vivos da Criação,
para que o cio das flores e das dores se perpetue além
da carne miserável.
Há sempre mortos sentados à mesa circular
à dar boas-vindas ao inferno.
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