quarta-feira, 6 de março de 2024



                           à beira do caos





Persistem em nós sonhos recalcitrantes, 

pêndulos que ultrapassam o tempo de desenganos 

e solidões.

A bem-aventurança da fé espúria nos acompanha,

entre esperanças e abismos veneráveis.

A manopla do tempo verte experiências em meio 

a ondas de ternura e expiação.

À beira do caos, o sol de branca harmonia conjura

os elementos vivos da Criação,

para que o cio das flores e das dores se perpetue além 

da carne miserável.

Há sempre mortos sentados à mesa circular

à dar boas-vindas ao inferno.








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