o estuário amoroso
Nunca se sabe o que fazer com a vida.
Vivemos cercado de dúvidas, e eventualmente de dívidas.
E sem dúvida, o que não acontece é a única coisa
que permanece.
Jogamos o jogo para continuarmos perdendo.
Para ferir e sermos feridos.
Para gerarmos novas vidas e enterrarmos nossos mortos.
Passam os dias, transfigura-se a matéria,
é, pois, no estuário amoroso que tudo se resolve.
Para o bem ou para o mal.
O amor que passou, o amor que não aconteceu.
O que foi e não foi aquilo que foi,
de uma forma ou de outra
continuará existindo.
Mesmo que nunca mais sejamos os mesmos.
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