o fogo de Prometeu
Quebram-se as muralhas graciosas, queimam
as florestas exuberantes, boiam os corpos
em perfeita consonância com os fenômenos da terra.
A horrenda ciência produz milagres entre perversões
disfarçadas.
A vida se renova matando gente, amando e odiando
no mesmo abraço.
O caos profundo tange prazeres sinistros que
corrompem a alma.
Ah, a maldade humana, grandiosa na força bruta,
no heroísmo sem bravura, no remorso sem consciência,
gargalhando façanhas perversas.
Há uma coerência sombria no aboio da civilização.
Transcende o conhecimento humano, sob a batuta de Satan.
A maldade não se extingue, não dorme, não descansa.
Seu legado eterno conspurca a criação.
Cheia de passado e presente, se perpetua roubando
o fogo de Prometeu.
A luta entre o bem e o mal nunca encontra termo.
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