o futuro doente
Assim migram os anseios e desforços que se fundem
no mesmo abraço.
A nova ordem flutua sobre as estátuas despertas.
Acorda os mortos, sacode as crinas dos sonos gementes.
Coopta os sistemas, as máquinas, as urnas.
Assiste o futuro doente, os lunáticos que tramam
as penas do mundo.
Que resiste aos mistérios do tempo, voa sobre
bordéis e igrejas com a mesma desenvoltura.
Desloca-se para onde o bem e o mal convivem
pacificamente.
Dorme na penumbra das auroras ornadas de esqueletos
e labirintos de esperança.
Desce aos porões da miséria coalhados de fantasmas.
Se antoja de um poder afeiçoado aos malditos que regressam.
Do intocado abismo provê a saga de arbítrios e fuzilamentos.
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