rendição
Esta fugaz felicidade que caminha
à sombra de todas as desventuras,
formulando hipóteses,
imersa em cantares lassos,
remonta, paradoxalmente,
à própria perda de cada coisa amada.
Cuja ausência, arduamente trabalhada,
cuidadosamente talhada,
vem de ser a rendição à natureza pueril
da vida.
À transitoriedade de tudo.
À arte de destruir o mundo,
reconstruindo-o.
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