campo minado
O despertar para a existência é como pisar
em campo minado.
Inquietos, túrbidos, inconfessos desejos rompem as algemas,
degradando-se.
O ocaso do amor estéril arrebata os últimos
vestígios de dignidade.
Os instintos mais primitivos impelem a alma faminta.
O próprio amor desconhece a trama, quando se vê
desmascarado.
Os valores se despedaçam na inconsciente índole amorosa.
O amor infectado desanda em lares abandonados.
No mar dos sentimentos, a simplicidade das dúvidas
desfaz-se em desamor.
Manhãs de futuro corrosivo fecundam ventres imundos,
em que as mesquinharias cotidianas fomentam o
mundo transgênico.
Para que a vida de antes, como um fósforo queimado,
renove-se no fungível acervo do amor.
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