identidade
Pouco importa a miséria, as guerras,
as desavenças cotidianas.
Tudo é como sempre foi.
Nada faz diferença ante os elementos invioláveis
da Criação profanada.
Não perca tempo tentando entender.
O mundo não tem sentido, não é para ser entendido.
Na letargia de cada dia, juízos deturpados
confundem o aprendizado.
Parta do princípio de que tudo se encere
na realidade de cada um.
No sono rancoroso do tempo, uma dor sem nome
perfura o puro, o heroico, o bem intencionado.
No entanto, sempre é possível moldar
o curso das coisas, contrapondo-se ao inesperado,
construindo reflexões maduras.
Deixando tudo para trás, se necessário.
Família, amigos, afetos, tudo o que tolhe e oprime.
A busca da própria identidade começa pelo fim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário