quinta-feira, 11 de abril de 2024




                 a nova ordem


 

Aqui e em todo lugar, 

a vida que é só sortilégio e alegoria

chafurda em pequenos apocalipses,

maquiada de pseudoverdades.

O inventário dos sentimentos remonta a obituário.

Editado e incompleto.

Expressamente gótico e atemporal.

Uma nova ordem emerge do mundanismo mosqueado,

revisando as emoções, 

borrifadas de ardis patológicos.

Nada se retém que não seja palpável.

Mentes laboriosas somatizam a incúria coletiva.

Preservo meus erros sobre o lento escoar dos significados.

O peso eterno do mundo sucumbe ante o aprendizado

deformado, impregnado de valores abstratos.

O homem brinca de deussob a algidez feérica

dos algoritmos. 

Na carência dos sentimentos, amar e desamar é só

uma questão de vontade.

Para tudo há reposição.

Basta ter dinheiro.







 









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