refugos do mundo
A urbe silencia entre imagens gastas.
A multidão rasteja como uma centopeia cega,
sem rumo e sem saída.
Arrastando renques de torturadas vértebras,
sob o olhar duro de um vil magistrado.
A espaventosa guirlanda de valores necrosados
envergonha os noticiários.
Nem os pensamentos escapam a censura.
Inútil contestar a máquina fóssil que persegue
convulsos féretros.
O monstro togado escogita iniquidades impudentes.
Palavras a esmo desdenham dos patriotas castrados,
enquanto a urbe estronda parlengas ludopédicas.
Refugos do mundo monopolizam as atenções.
Águas do dilúvio ancestral lava os confins da terra.
Enquanto o pior não chega.
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