never say never
nunca mais joguei bola, o quadril não deixa.
nunca mais chupei cana, mas assoviar ainda consigo.
nunca mais beijei a Ana, casou e está cheia de filhos.
nunca mais amanheci na farra, nem nunca gostei.
nunca mais vi o sol nascer na praia, mas tudo bem,
prefiro o entardecer.
nunca mais pesquei no Jacuí, sem meu saudoso pai
não teria graça.
nunca mais tomei banho de arroio, difícil achar um
que não esteja poluído.
perdi de vista meus melhores amigos.
nunca mais estive onde nasci, há um lado em mim
que já morreu.
nunca mais chutei um gato nem matei passarinho
de bodoque,
mas ainda colho fruta no pé no sítio do sogro.
nunca mais me apaixonei
nem comi uma virgem
mas chorar de alegria bem que eu queria.
never say never está sempre nos assombrando.
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