ventres assassinos
A sutil evocação dos pássaros argui a manhã pressurosa.
No fundo do silêncio jaz o louco, o imponderável.
Enquanto transfigura-se o espaço de todos os dogmas.
Nascemos para ruminar a bomba atômica.
Adrede a órbita cega dos ventres assassinos.
Na vida em construção compreende-se o alcance do abstrato.
Surreal como a poesia de Cesar Vallejo, a inspiração
esmaga os testículos aflitos.
Falar com palavras, ai de mim !
Não há mentira que se sustente para sempre.
Sob a aparência de heroica semelhança, deformidades
revestem-se de beleza inabitável.
Para que os papéis se invertam e o mundo
desça das estrelas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário