sábado, 20 de julho de 2024

                      

                       ventres assassinos



A sutil evocação dos pássaros argui a manhã pressurosa.

No fundo do silêncio jaz o louco, o imponderável.

Enquanto transfigura-se o espaço de todos os dogmas.

Nascemos para ruminar a bomba atômica.

Adrede a órbita cega dos ventres assassinos.

Na vida em construção compreende-se o alcance do abstrato.

Surreal como a poesia de Cesar Vallejo, a inspiração

esmaga os testículos aflitos.

Falar com palavras, ai de mim !

Não há mentira que se sustente para sempre.

Sob a aparência de heroica semelhança, deformidades 

revestem-se de beleza inabitável. 

Para que os papéis se invertam e o mundo

desça das estrelas.






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