o futuro é breve e sombrio
Em vão o cosmos articula
o sangrento pacto com o desconhecido.
A realidade de fogo destrói o mundo postulado
pelo mistério de existir.
Um homem morto na cruz resplende à clâmide
da ciência austera e calma.
Úmida raiva verte lágrimas ardentes.
Quando, ao pé do Criador, o horror fecunda
as vigílias sem fim.
Fuga e pó cobrem o zênite malsinados dos horizontes.
Tudo fenece sob a paz estrelar do universo.
Em cada ríspida mudez, a fúria lasciva e louca
blasfema o amor.
A despeito da eterna luta da sobrevivência,
nascemos para incendiar as florestas e sujar os mares.
O futuro é breve e sombrio.
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