domingo, 14 de julho de 2024



                        o porto

    



Os guindastes do porto se movem

como letárgicos dinossauros.

Caminhões fazem fila nos pátios imensos,

numa procissão que se repete religiosamente.

Containers e mais containers de insumos de toda natureza

são carregados e desovados

por navios de todas as bandeiras.


O maior porto da América do Sul fervilha.

Tudo é superlativo, gigante, nos quase vinte quilômetros

de seus terminais.

O trabalho é ininterrupto. Dia e noite os estivadores

se revezam na árdua tarefa de carga e descarga.

Já foram em bem maior número e o trabalho

mais estafante e perigoso.

Hoje os sofisticados equipamentos e guindastes

dão conta do mais pesado.

Mas, mesmo assim, são eles que dão vida ao porto,

como um exército de formigas

que mantém tudo funcionando.



  

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