o porto
Os guindastes do porto se movem
como letárgicos dinossauros.
Caminhões fazem fila nos pátios imensos,
numa procissão que se repete religiosamente.
Containers e mais containers de insumos de toda natureza
são carregados e desovados
por navios de todas as bandeiras.
O maior porto da América do Sul fervilha.
Tudo é superlativo, gigante, nos quase vinte quilômetros
de seus terminais.
O trabalho é ininterrupto. Dia e noite os estivadores
se revezam na árdua tarefa de carga e descarga.
Já foram em bem maior número e o trabalho
mais estafante e perigoso.
Hoje os sofisticados equipamentos e guindastes
dão conta do mais pesado.
Mas, mesmo assim, são eles que dão vida ao porto,
como um exército de formigas
que mantém tudo funcionando.
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