quinta-feira, 24 de outubro de 2024


                   gente ordinária




 


Ninguém é culpado de ser o que é.

Você não tem culpa de ser o que é.

Eu não tenho culpa de ser o que sou.

Somos o que somos.

Desgraçados, filhos da puta,  o que for.


Rostos são máscaras.

Palavras são disfarces.

Nossas ações são urdiduras de mentes doentias.

A normalidade é apenas pensada mas não real.

O que existe transcende a diáfana realidade.

O ignorado vive em nós, morrendo.

Pensar e sentir acalenta a suave fuga dos ergástulos.


A vida é um jugo que caminha a passos lentos

e confusos.

Tendo o irrefletido como fiel escudeiro.

Não há como evitar os enganos e desencantos.

Cada um tem o amor que merece.

Gente ordinária não sofre, finge.

A desdita alheia não nos diz respeito.

Histórias infames banalizam o sofrimento.

Viver sem gozo nem dor 

é o pior dos castigos.


 




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