segunda-feira, 11 de novembro de 2024



                           de mal à pior



Dissoluto, o mundo reinventa o seu inferno

entre pressurosos prenúncios.

As coisas presumidas fogem ao controle.

A conivência é pior que a leniência. 

Vamos aos fatos : tudo vai de mal à pior.

O gato que não regressa

nos preocupa mais

que o derretimento das geleiras.


A vida se revela e se mascara evocando

a paz de seu tormento. 

É sempre do imprevisível que os roteiros

distorcidos emanam.

Entrelaçados mundos recriam o indizível.

O drama da convivência urde o seu repertório

de máscaras para seguir além dos enganos.

O incerto e o novo nos atraem 

para que a vida seja como deveria ser.


Nada se compara a felicidade que se perdeu.

O que (não) existiu é sempre melhor.

Tudo fica aquém das expectativas,

diante dos sonhos de criança.




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