contumácias
Eu vejo as nuvens que se movem
em cada manhã de beleza ultrajada.
O que sobra de um tempo feliz encontra o seu lugar,
sem meta nem revolta.
Dispo o meu disfarce, visto a carapuça,
agora que todos os equívocos pilham-se
dissecando o recalcitrante sonho inventado.
Procuro a paz que não me procura.
Abraço a vida que preenche o meu vazio
iluminado em contumácias.
Dos desejos não saciados do que não vivi, o pouco
é muito.
Onde a beleza é áspera e o coração um poema inacabado,
invento afetos que resumem minha vida.
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