é possível
É possível que o amor não se regenere, depois
de aviltado.
É possível que o amor não encontre pousada, depois
de defenestrado.
É possível que se decomponha no ninho hostil
do cotidiano.
Essa é a praxe.
Essa é a crença.
Mas não a regra.
Pois o amor não se submete às florações
de sua impressentida essência.
Porque eu te amei contra todas as probabilidades.
Como uma doença que pega por contágio.
Garimpando surpresas na seara das paixões.
Tecendo seu duro e áspero enredo
como se o pouco fosse muito.
Refeito como o amor em seu casulo.
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