quinta-feira, 24 de julho de 2025


                ossos e bagaços



Agora já não importa o que importou.

Nos ossos e bagaços untados de atavismos,

foge-me o repouso, melindrado e inseguro.

No alvorecer de mim mesmo, o mundo me afronta

e me renega.

No fundo do fundo daquilo em que acreditava,

soçobram divagações do eterno. 

Desisti da humanidade.

Pouco importa a maneira de dizer o incomunicável.

De tanto e tão estranho que se mostra o incurável,

a verdade leva e traz sofrimento, passível 

das mesmas dores.

Na espera do que morre, a roda do tempo

urde seu ciclo funesto.

A fim de relembrar que é apodrecendo que a vida

se regenera.



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