ossos e bagaços
Agora já não importa o que importou.
Nos ossos e bagaços untados de atavismos,
foge-me o repouso, melindrado e inseguro.
No alvorecer de mim mesmo, o mundo me afronta
e me renega.
No fundo do fundo daquilo em que acreditava,
soçobram divagações do eterno.
Desisti da humanidade.
Pouco importa a maneira de dizer o incomunicável.
De tanto e tão estranho que se mostra o incurável,
a verdade leva e traz sofrimento, passível
das mesmas dores.
Na espera do que morre, a roda do tempo
urde seu ciclo funesto.
A fim de relembrar que é apodrecendo que a vida
se regenera.
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