a janela da vida
No espelho contemplo meus olhos cansados,
meu sorriso forçado.
Impossível fingir que está tudo bem.
Encharcado de memórias que já deveriam
estar enterradas.
Contemplo a janela da vida.
As tantas coisas perdidas.
Os dias sem sentido.
Em que sobreviver é um ato de heroísmo.
Estou aqui há muito tempo.
A hora de partir me acena com a paz
que sempre me faltou.
Não por desgostos.
Não por privações.
Minha alma inquieta barrou meus sonhos
mais diletos.
Quem sabe na eternidade encontre meu lugar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário