sentença
Sou o que sou.
Intenso, dramático.
Inconstante.
Humano.
Eu sou qualquer coisa
que brota e desbota.
Que espera e se esgueira.
De tão perdido, esquecido de chegar.
No peito, o pulsar de um coração
desaprendido de amar.
Sou o que sou.
Nem mais, nem menos.
Em paz como quem perde o que não tem.
Alguém que não se estima e compraz-se
com o passageiro.
Com a beleza extraída do nojento.
Um estranho para si mesmo.
Que encara a vida como uma inapelável sentença.
Triste como quem sabe ser o amor
uma doença.
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