cego, surdo e burro
Passei a vida inteira à espera de um grande amor.
Cheguei a achar que tinha encontrado.
Mas, qual o quê !
O cupido acertou a flecha no lugar errado.
Ah, como o amor engana !
Na sombra, ilumina.
Na luz, cega.
Vive, reinventa-se, arrebatador
em seu doce enleio.
Corações esfaimados como crianças
mamando no seio.
Deslumbrados, ao prazer nos entregamos.
Os defeitos não enxergamos.
O amor é cego, surdo e burro.
Não enxerga, não escuta ninguém.
Não hesita, não pensa.
Se joga de cabeça.
Acredita no que sente.
Faz das migalhas um banquete.
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