segunda-feira, 13 de maio de 2019
fé, amor e caridade
O que fazer quando se perde totalmente a fé
no ser humano,
esse "animal deveras pequenino,
repleto de letal peçonha", como bem
define mestre Ginês Gebran ?
Afastar-se ou adaptar-se ?
Resignar-se ou dar o troco na mesma moeda ?
Seguir a razão ou o coração ?
De fato, "perante tantos males, falhas, erros,
feros antagonismos,
decepções que se acumulam vida à fora.
a dúvida e a descrença nos assaltam,
lançando-nos em árido niilismo", prossegue
o admirável poeta das Nove Musas.
Que entretanto, não se faz de rogado,
ao acreditar que as Escolas e Doutrinas
criados pelos gênios da sapiência,
possam nos guiar em meio ao turbilhão da vida.
Sobretudo, os ensinamentos daquele que ao mundo
veio para trazer a mais pungente
mensagem de sabedoria que se conhece.
Ele, Jesus Cristo, crucificado pelos homens
para ensinar aos homens
que só o amor e o perdão humanizam.
Acreditando-se nele ou não,
acima de crenças e preconceitos,
paira uma Verdade soberana :
"Na perene e árdua lida
que angustia a Humanidade,
nada de permanente se edifica
sem Fé, amor e caridade".
sábado, 11 de maio de 2019
quinta-feira, 9 de maio de 2019
nem forma, nem fôrma
O poeta rala
Se consome
À imaginar
Sonhar
Dar vazão
Ao que lhe vai
No coração.
Obstinado, o poeta
Perscruta a alma
Esculpe o Verbo
Devassa os sentimentos
Com seus experimentos
No fim das contas
Meras palavras ao vento
Mesmo quando outros corações
Alcança e encanta
O seu nunca se contenta
Na angústia que o retro-alimenta.
Triste sina a do poeta
Sempre a remar
Sem sair do lugar
Tecelões do absurdo (como diria Pessoa)
Artesões da incognoscível saga humana
Sempre à perseverar
Burilando as formas
Do que não tem forma
Nem fôrma.
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