sábado, 20 de julho de 2019


                 a lei da sobrevivência







A pergunta que não quer calar :
até que ponto podemos ser ingênuos ?
Para não passar aquele limite que nos transforma
em otários.
Porque, que ninguém se iluda, as pessoas te enganam,
te usam de tudo que é jeito.
Te iludem, te exploram, se bobear até as calças te tiram.
Sem o menor escrúpulo ou consideração.

É a lei da sobrevivência levada às últimas consequências.
O extinto que sobrepuja os sentimentos.
Mesmo afetivos, familiares.
Primeiro, eu.
Segundo, eu.
Terceiro, vamos ver.

Ninguém admite, ninguém assume
mas é assim que as coisas funcionam.
Mentira e dissimulação imperam.
Ser correto, verdadeiro, é para os fortes.
Suportar injustiça, ingratidão, raça em extinção.
Perde-se o sono mais por mágoa e inconformismo
do que por dor de consciência.
Até nisso os psicopatas e sociopatas levam vantagem.
  

























Como se diz nos States,
no money, no honey...






                               o poeta crucificado






Poesia é tormento, rebelião de sentimentos.
É tortura, má conduta, meter os pés pelas mãos.
Escrever coisas que ninguém entende,
É ser feliz sem motivo, sofrer sem sofrimento.
Poesia sem padecimento é como pão sem fermento.
Punge em versos desgraçados, errantes e amargurados
como os cantos de Maldolor.
Não obstante os volteios e incursões mirabolantes, 
tem o amor como fonte suprema de inspiração.
O amor imaculado e impuro, que em fúria, êxtase, ditirambos, 
agoniza em ondas arrebatadoras,
se subverte em canções pungentes, apelos desesperados.

Mas eis que o poeta se interroga : 
que tipo de amor é possível na era do Espetáculo ? 
Da insana blogosfera ?
Da prevaricação coletiva.
Do amor precificado.
Com data de validade.
Em que se casa hoje, e se separa amanhã.
De casais do mesmo sexo, transgêneros, de papéis invertidos,
o diabo. Tudo liberado. 
Dentro da lei, mas estranho para mentes pequenas.
Que defendem os valores tradicionais. 
Ainda que conspurcados, hipócritas.
Devastados pelas relações fluídas.

Uma nova realidade se impõe.
Novas formas de amar.
No afã de decifrar, o poeta se debate,
Envereda como louco por caminhos mil,
Se dilacera  no turbilhão que a todos engole.
Em que o real e o virtual se imiscuem.
Em que ninguém é de ninguém.
Em que o dinheiro fala mais alto.
E o verdadeiro amor é lindo e infinito 
Enquanto há estímulos materiais.

Em que a poesia é a primeira coisa que vai para o ralo.





  














  

  

sexta-feira, 19 de julho de 2019



                                       nada é de graça



É tudo tão previsível.
Tipo assim, de onde menos se espera
é que não sai nada mesmo.
Confia quem quer ser enganado.
Acredita quem quer ser passado para trás.
Ou quem não tem nada à perder.
Se dançar, dançou.

Os interesses sempre falam mais alto.
Ninguém dá ponto sem nó.
Nada é de graça.
Muito menos a buceta.






De tão familiarizado com mentiras e falsidade, 
resolvi praticar um pouco. Sem dor de consciência.










De certa forma, quem não tem nada a perder 
está no lucro.

quinta-feira, 18 de julho de 2019

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