domingo, 28 de julho de 2019
a arte de ser feliz
Sorte de quem
não precisa de ninguém
para se sentir feliz.
De quem não tem
pressa de ser feliz.
Não apressa as coisas.
Tudo tem seu tempo.
Plantar, esperar, colher.
Perceber que a felicidade
nem sempre está na chegada,
e sim ao longo do trajeto.
Ser feliz é relativo, circunstancial.
Mais importante é encontrar paz.
Que ao contrário da felicidade,
é duradoura.
E depende só de nós.
sábado, 27 de julho de 2019
gente miserável
reluto em aceitar minha nova condição.
O papel ao qual estou relegado.
E que hoje em dia se resume a ser
alguém meramente tolerável.
Eventualmente útil. Um quebra-galho.
Enquanto comparecer com proventos,
recompensas, regalos.
Sim, estou velho.
Para o quê mais eu serviria ?
Para conviver já não me presto.
Careço de atrativos.
Não por não ter mais nada à dar,
Mas nada mais para me tirarem.
Tudo bem, vou continuar fazendo a minha parte.
Fingir que não vejo.
Pagar na mesma moeda.
Único jeito de lidar com essa gente miserável.
Fingir amar quem finge que me ama.
Se
ser
livre
é :
Não estar preso a nada.
Não depender de ninguém.
Sentir-se bem, em paz.
Agir conforme seus princípios e valores,
sem se curvar e fazer concessões que o diminuam.
Poder andar de cabeça erguida,
sem se esconder ou se envergonhar de nada
que tenha feito, mesmo eventualmente equivocadas.
Afinal, quem não erra?
Saber a hora de entrar e sair de cena,
sem dramas e arrependimentos vãos.
Amar sem esperar retribuição.
Perdoar sem precisar de perdão.
Não ficar refém de sentimentos
não correspondidos.
Se são essas as premissas, folgo dizer,
sim,
sou um homem livre.
Se isso me faz feliz ? Não necessariamente.
O preço é alto demais, impagável.
Posto que para ser livre,
é preciso estar disposto a abrir mão de tudo.
De tudo o que supostamente me faz feliz.
Não estar preso a nada.
Não depender de ninguém.
Sentir-se bem, em paz.
Agir conforme seus princípios e valores,
sem se curvar e fazer concessões que o diminuam.
Poder andar de cabeça erguida,
sem se esconder ou se envergonhar de nada
que tenha feito, mesmo eventualmente equivocadas.
Afinal, quem não erra?
Saber a hora de entrar e sair de cena,
sem dramas e arrependimentos vãos.
Amar sem esperar retribuição.
Perdoar sem precisar de perdão.
Não ficar refém de sentimentos
não correspondidos.
Se são essas as premissas, folgo dizer,
sim,
sou um homem livre.
Se isso me faz feliz ? Não necessariamente.
O preço é alto demais, impagável.
Posto que para ser livre,
é preciso estar disposto a abrir mão de tudo.
De tudo o que supostamente me faz feliz.
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