terça-feira, 12 de novembro de 2019
Uma parte de mim é.
A outra nunca será.
As constelações são
o mata-borrão de Deus.
A pressa é inimiga da perfeição.
E da ejaculação.
Os muros das velhas cidades
abrigam todas as solidões do mundo.
Porque eu te amei tanto que
o mundo tornou-se incompreensível.
O vento vinha ventando.
A chuva vinha chovendo.
Varrendo,
Lavando as alamedas
Da minha vida.
segunda-feira, 11 de novembro de 2019
domingo, 10 de novembro de 2019
breves e leves
O melhor antidoto para
a doença do amor
é amar.
Quando se ama, não se vê os defeitos.
Quando o amor acaba,
é só o que se vê.
O amor é conto do vigário
para o qual
nunca falta otário.
Seja qual for a trama,
o amor começa
e acaba na cama.
O amor é uma delícia.
Mas às vezes
acaba na polícia.
O ciúme está para o amor
como o chulé
para o pé.
sábado, 9 de novembro de 2019
HAICAIS
Com ciúmes da rosa,
o espinho lacera o vento,
fere a mão buliçosa
Ao invés de discutir,
entre mudo e saia calado,
nada mais irado.
A única certeza na vida
é a morte.
Que sorte !
Calma,
desvendada a alma,
tudo se acalma.
Na vida há vários caminhos.
De luzes e cruzes.
De rosas e espinhos.
O amor escamoteia os defeitos,
enquanto
nos põe algemas.
Os prazeres da vida passam.
As dores e dissabores
ficam.
No êxtase do amor,
os gemidos
abafam o juízo.
No livro da vida, as páginas
mais importantes são as
que não temos paciência de ler.
sexta-feira, 8 de novembro de 2019
DESEJOS
A tarde flui lenta e chata.
A pasmaceira da vida, à sorrelfa e
à socapa.
Expectativas invariavelmente frustradas.
Acontecer algo de bom é um parto.
Os dias passam enviando recado aos inimigos.
A espera do que nos é devido é longa.
O que desejamos arruína os favos,
e a beleza,
a felicidade,
no fundo não passam de acidentes de percurso.
As crenças são pedras de amolar
facas cegas.
Libertar-se das iluminuras inúteis
é o primeiro passo
para fugir daquilo que,
sem sabê-lo,
nos tem sequestrado.
Símbolos, cosmogonias,
cada adereço do caleidoscópio,
Libertar-se das iluminuras inúteis
é o primeiro passo
para fugir daquilo que,
sem sabê-lo,
nos tem sequestrado.
Símbolos, cosmogonias,
cada adereço do caleidoscópio,
fiéis à obediência surda
prestes a se romper.
A tarde flui pachorrenta.
Agora que uma parede maior que
o silêncio
entre nós se interpôs,
resignado, despeço-me de todos os sonhos.
De um tempo de um eu plural e ausente.
De quem desejou tantas coisas
sem saber quanto custa
delas se libertar.
A tarde flui pachorrenta.
Agora que uma parede maior que
o silêncio
entre nós se interpôs,
resignado, despeço-me de todos os sonhos.
De um tempo de um eu plural e ausente.
De quem desejou tantas coisas
sem saber quanto custa
delas se libertar.
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