sábado, 14 de dezembro de 2019
Tudo tem o seu tempo determinado,
e há tempo para todo o propósito
debaixo do céu.
Há tempo de nascer e tempo de morrer;
tempo de plantar e tempo de colher;
tempo de matar e tempo de curar;
tempo de derrubar e tempo de edificar; tempo de rir
e tempo de chorar; tempo de dançar e tempo de pesar.
Tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar
pedras;
tempo de abraçar e tempo de abster-se;
tempo de buscar e tempo de perder;
tempo de guardar e tempo de jogar fora;
tempo de rasgar e tempo de coser;
tempo de ficar calado e tempo de falar;
tempo de amar e tempo de odiar;
tempo de guerra e tempo de paz.
(Eclesiastes 3:1-8)
quinta-feira, 12 de dezembro de 2019
homens x mulheres
Em linhas gerais
O homem prioriza o respeito, cama.
A mulher quer segurança, atenção.
O homem trai mesmo quando ama.
A mulher trai quando não ama mais.
O que o homem faz por emoção, a mulher faz com a razão.
Quando o homem precisa se humilhar diante de uma mulher,
é porque já era.
O homem domina a arte da conquista. A mulher, da sedução.
O homem mente e a mulher finge que acredita, e vice-versa. Eis o arranjo perfeito.
A honestidade é mais admirada nas mulheres do que nos homens. Nelas, é sinônimo de seriedade.
Neles, um atestado de burrice.
O maior inimigo da mulher é o espelho. Do homem, ele próprio.
BOMBA RELÓGIO
Falta de diálogo,
rotina,
infidelidade :
os grandes vilões do casamento
ganharam um poderoso aliado,
o smartphone.
Letal, não o subestime.
Proteja sua relação,
não dê sopa para o azar.
Exclua o histórico.
Ponha senha.
Desligue o sacana quando chegar em casa.
Desative a bomba relógio antes que seja tarde.
quarta-feira, 11 de dezembro de 2019
CORAGEM
Nada almejo (que não seja factível).
Nada quero (que não seja crível).
Nada espero (que não seja possível).
Coragem é tudo o que importa.
O que faz a diferença.
Coragem para encarar a vida de frente.
Coragem para superar os reveses.
Afora isso, nada que poderia nos salvar
nos salva.
Sob a tutela de improváveis divindades,
degradar a si mesmo, não ter escrúpulos
morais, é o que nos desafia.
Os crédulos e fracos invocam a Deus.
Eu invoco a mim mesmo.
Num rito anterior
a tudo que tenho vivido,
tudo o que há dentro de mim
tende a voltar ao que era.
Uma sensação abstrata me domina.
Cansaço de tudo. Agora falta pouco
para que o destino se cumpra.
Todo o mistério do mundo se resume
às coisas mais simples.
Quero ir para a morte
como quem volta para casa.
domingo, 8 de dezembro de 2019
cova rasa
Por mais que nos imaginemos fortes,
aptos a enfrentar qualquer parada sinistra,
a verdade é que não estamos preparados
porra nenhuma.
Basta o destino, os deuses,
ou seja lá quem for,
mexer os pauzinhos, se invocar com nossa cara,
por alguma coisa que fizemos,
e tudo vai por água abaixo. Num segundo.
Quer você queira ou não.
Quando chega o pior, nada se pode fazer,
sequer entender, procurar algum nexo,
pois não há lógica, não há nexo,
não há truques que impeçam as perdas, os traumas,
as traições.
Vivemos sob a égide do imponderável,
o utilitarismo escrachado permeia as relações.
Enquanto você for útil, de algum proveito, o previsível
desfecho vai sendo adiado.
Mas a aposta numa vida perfeita mais cedo
ou mais tarde põe tudo perder.
Ora, a busca do mito da felicidade
é não só
impraticável, como insana.
A vida carece de ser um pouco desperdiçada
e suja.
impraticável, como insana.
A vida carece de ser um pouco desperdiçada
e suja.
dar conta de tudo é uma proeza
E no entanto, é preciso resistir.
Estar acima dessa merda toda que gruda
como chiclete na sola do sapato.
É preciso trabalhar, pagar as contas,
tomar os remédios direitinho, quando há dinheiro
para comprar.
É preciso tirar o lixo logo cedo, levar o dog para esticar
as pernas,
sem esquecer de limpar o coco na calçada,
normalmente já suja e malcheirosa, afinal,
você sabe,
estamos no Brasil, o reino dos porcalhões
e ratazanas da vida pública.
É preciso estar esperto para não ser
enganado,
pois alguém está sempre de olho no que é seu.
Marginais, espertalhões, malandros de toda natureza
não faltam.
Se bem que contra a tunga oficial
nada se pode fazer,
os impostos, a roubalheira institucionalizada,
tributos que você vai pagar até
morrer, e mesmo depois sobra para alguém,
se não quiser ser enterrado como indigente.
É preciso ser forte para aguentar o tranco,
ter estomago
para engolir desaforos, sapos, sacanagens,
injustiças.
E ainda assim não desanimar, ser honrado, correto,
quando a vontade é mandar tudo à merda,
dar o troco na mesma moeda.
Mas você não consegue, né ?,
porque você é decente,
tem um nome à zelar,
como seus velhos lhe ensinaram,
e cá pra nós,
nada como poder olhar os filhos de frente,
não importa se as coisas eventualmente azedam,
nesses tempos difíceis
dar conta de tudo é uma proeza,
e a própria família às vezes vai para o espaço.
E no entanto, é preciso resistir, insistir,
tropeçar e levantar,
amar, desamar, amar de novo, ou ao menos tentar,
dando o seu melhor,
dando o seu suor,
dando o seu labor,
dando o seu calor,
enfim,
fazer a sua parte, o que a consciência manda,
mesmo que não lhe deem valor,
debochem de sua
integridade e honestidade de propósitos.
Pois como diria o velho safado do Bukowski,
o destino só é uma puta se deixarmos que seja.
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