sábado, 6 de junho de 2020
sexta-feira, 5 de junho de 2020
sarna para se coçar
Invejo aqueles
que não se perdem em elucubrações.
Em tergiversações inócuas, useiras
e vezeiras teorias conspiratórias,
abundantes nesses tempos de desgoverno.
Em tergiversações inócuas, useiras
e vezeiras teorias conspiratórias,
abundantes nesses tempos de desgoverno.
Admiro aqueles que não se desgastam
em tentar entender,
não se preocupam em justificar.
Fazem, agem, e pronto.
São o que são.
Brutos, crus, cruéis,
em suma,
infensos às baboseiras
que alimentam a tragicomédia humana.
Pensar é preciso, pensar demais é maçada,
mancada.
É arrumar sarna para se coçar.
É arrumar sarna para se coçar.
Como esses versos tolos que escrevo,
no afã de decifrar coisas que só à mim importam.
no afã de decifrar coisas que só à mim importam.
Melhor é ser pragmático, bem o sei.
Dramatizar as coisas não leva a nada,
a não ser a mais desgaste, conflitos.
Ninguém aguenta a repetição ad nauseam
do mesmo melodrama.
A vida por si só já tende a ser uma merda,
quanto mais se remexe,
mais fede.
tudo o que me importa
Eu sou grato.
Posso não ser porra nenhuma na vida.
Não representar nada para ninguém.
Não obstante, tenho comigo um sentimento antigo
de gratidão.
Por todos que me ajudaram.
Que me ajudam.
Que fizeram parte da minha vida.
Até os desafetos, talvez os que
mais me ensinaram.
Mesmo que as coisas tenham desandado,
que não tenham dado certo,
não significa que tenham deixado de importar.
Importam sim, e esse reconhecimento é tudo que importa,
é tudo que nos permite segurar a barra,
quando nos vemos sós, mal, com aquele gosto
amargo na boca, achando que a vida é uma merda.
Não é.
Pode até ser em alguns momentos,
mas o que a gente viveu, não é justo ignorar,
não valorizar.
Eis porque sou grato por tudo que vivi,
tudo que tive,
não importa o que veio depois,
se hoje me vejo só, descartado, fazendo o papel
de bobo da corte.
Tudo bem, talvez tenha feito por merecer,
não vem ao caso.
Aceito o meu destino, nem por isso deixo que a raiva
Eis porque sou grato por tudo que vivi,
tudo que tive,
não importa o que veio depois,
se hoje me vejo só, descartado, fazendo o papel
de bobo da corte.
Tudo bem, talvez tenha feito por merecer,
não vem ao caso.
Aceito o meu destino, nem por isso deixo que a raiva
e o ressentimento prevaleçam.
Não sou assim.
Não quero ser mais um desses ingratos
que andam por aí.
Também não estou nem aí para o que pensem
ou digam de mim.
É problema meu, meu e da minha consciência,
foda-se o resto.
Sou o que sou. Não devo satisfações
a ninguém.
E se sou grato, e não canso de
manifestar essa gratidão, mesmo a quem não
merece, me sacaneou, desdenha de mim,
é porque sou assim.
Me sinto bem em ser assim.
Por mais desatinos que tenha feito, acho que
meus pais se orgulhariam de mim.
E quer saber,
é tudo que me importa.
Não sou assim.
Não quero ser mais um desses ingratos
que andam por aí.
Também não estou nem aí para o que pensem
ou digam de mim.
É problema meu, meu e da minha consciência,
foda-se o resto.
Sou o que sou. Não devo satisfações
a ninguém.
E se sou grato, e não canso de
manifestar essa gratidão, mesmo a quem não
merece, me sacaneou, desdenha de mim,
é porque sou assim.
Me sinto bem em ser assim.
Por mais desatinos que tenha feito, acho que
meus pais se orgulhariam de mim.
E quer saber,
é tudo que me importa.
quinta-feira, 4 de junho de 2020
quarta-feira, 3 de junho de 2020
todas as histórias de amor se parecem
Todas as histórias de amor se parecem.
É quase sempre o mesmo enredo,
com o previsível desfecho.
Alguém sempre abandona o barco.
Se não de corpo, de alma.
Pois em algum momento, algo se quebra,
grave, profundo, ou banal,
o tempo faz isso com a gente.
Fode com tudo.
Amei pra caralho, posso não ter demonstrado,
como devia, mas é
a mais pura verdade.
Assim como fui amado também,
talvez até mais do que merecia,
e não soube reconhecer. Retribuir.
Tudo muito simples, elementar.
Há casos muito piores, como a gente está
cansado de ver.
Mas sempre com o mesmo manjado desfecho.
O amor é flor delicada,
às vezes do nada perece, sem motivo, explicação.
E isso acaba com a gente. Porque a gente quer
uma explicação. Um motivo plausível.
Para amargar a culpa,
se matar se for o caso.
Porque o amor que acaba por nada, por mixaria,
caramba ! Nem amor era.
E o que pode ser pior do que se envolver,
passar anos a fio,
uma vida,
acreditando em algo que não existia ?
distrato
Acaso ignoras que
quem é prisioneiro do passado,
não vive o presente ?
quem é prisioneiro do passado,
não vive o presente ?
Que tudo que não passa,
dói em dobro ?
Pelo que foi
e pelo que não é mais ?
Saudades sob a aparência de remorso,
num mundo desintegrado,
urge firmar o distrato
que permita
reconciliar-se com a vida.
Deixar de se importar com quem
não se importa com você.
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