quinta-feira, 3 de setembro de 2020


                                        a cura




A cura nunca é fácil. 

A gente sofre, chora, se desespera, 

dá vontade até de se matar. 

Mas um dia passa.

E quando cura, cura. 

A ponto de não mais pensar, não querer ver 

a cara da pessoa.

Pois é, receio que o meu caso não tem cura.

Continuar pensando no que não têm volta, beira à loucura. 














Mais bizarro que um cão chupando 

manga, 

é um louva-deus acasalando.



 





                   o quinto dos infernos





Esses homens-feras, desalmados,

que conquistaram impérios, 

desbravaram terras inóspitas, mares desconhecidos,

matavam gente como se fossem baratas,

e ainda assim 

entraram para a História, amados e reverenciados, 

enquanto os bons e justos eram crucificados.

É a lógica do quinto dos infernos.

Em que não ter escrúpulos leva vantagem.






quarta-feira, 2 de setembro de 2020

 


                     

                           amor e raiva




Amor, então, também

em ódio de transforma ? 

Assim como um beija-flor 

que da flor

pega raiva ?




















Tantas maravilhas.

Tantas coisas belas. 

E o homem só atrapalha. 

Quando não estraga, emporcalha.








 

 



Acaso 

alguém 

se importa

com você ?

Não que isso importe.








O tempo passa 

cada vez mais depressa.

Um dia com a cara do outro. 

Até o irremediável dar as caras. 




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