terça-feira, 3 de novembro de 2020


                                  a lei do retorno





No fundo, a única questão existencial e filosófica

relevante

é a dor.

Todo o resto, é resto.

Supera-se.

Já a dor é permanente,

atormenta, tortura,

inferniza.

A curto, médio e longo prazo. 

Física ou mentalmente.

E o que é pior : compulsoriamente.

Ninguém escapa daquilo para o que 

não há antídoto,

remédio, vacina.

Independentemente de cuidados, idade,

o máximo que se pode fazer é prevenir,

retardar.

No mais, quase sempre, é tudo uma questão

de sorte, destino, carma.


Em meio as mais variadas teorias,

eu apostaria na chamada lei do retorno.

Na Justa Lei Máxima da Natureza.

Segundo a qual, por cortesia dos deuses,

os bons e os justos sofrem menos.

No mínimo, é um bom motivo para sermos

menos escrotos.








segunda-feira, 2 de novembro de 2020


                              rompantes




Há defeitos que anulam qualquer

qualidade.

Irascibilidade e impulsividade, por exemplo.

Não adianta ser bom, honesto, bacana,

responsável,

se for pavio curto,

não ter autocontrole.


Falo de cátedra, perdi a conta de quantas

vezes me prejudiquei, pus tudo a perder, 

em função de rompantes, explosões impensadas.

Ainda hoje, minha grande luta continua

sendo contra mim mesmo.

Não sei se há  esperança para mim.


  



                

 




Finados.

A cada ano a lista de perdas

aumenta.

Até chegar a nossa vez.

Não é agradável pensar na morte,

mas em sendo inevitável,

em sendo irrevogável e sempre presente,

convém preparar o espírito.

Viver cada dia como se fosse o último.


Não sei se existe vida após a morte,

mas conforta pensar que sim,

que um dia poderemos reencontrar nossos

entes queridos.

Mas o mais provável é que 

tudo comece e acabe

por aqui mesmo.

Razão a mais para não só  cultivar a memória daqueles

que se foram, como valorizar os que ainda estão conosco. 

Saudades de vocês, meus amados !






                     

                             o horror tem a idade do mundo





O horror das guerras

O horror dos massacres indiscriminados

O horror dos campos de concentração

O horror da miséria, da fome

O horror das doenças

O horror das prisões

O horror dos hospícios

O horror dos hospitais

O horror dos asilos

O horror das torturas

O horror das drogas, dos vícios.

O horror das perdas estúpidas, 

dos atentados, da violência gratuita,

O horror do abandono, da solidão...

Ninguém está imune aos horrores

da vida.

São recorrentes, inevitáveis.

Um dia, sempre batem à nossa porta.

Do nada.

Ou de tudo.

O horror tem a idade do mundo.






 

domingo, 1 de novembro de 2020




"As pessoas estão exaustas, infelizes e frustradas,

as pessoas estão amargas e vingativas,

as pessoas estão iludidas e temerosas, as pessoas

estão enraivecidas e pouco imaginativas" (Charles Bukowski)

 

Eu não quero ser mais uma delas. 















 


 









Postagem em destaque

Por maior que seja a estima e a consideração, não cometa o erro crasso de achar que as pessoas fariam por você o mesmo que você faria por el...