c´est la vie
Ah, quantas tralhas carregamos ao longo da vida.
Verdadeiras cangalhas que nos tolhem, oprimem, mutilam.
Quase sempre insuficientes, incapazes de atender as severas
expectativas alheias.
Às duras penas,
venho aprendendo a lidar com o jugo dos sentimentos,
das cobranças e responsabilidades.
Aprendendo a ficar quieto no meu canto,
sem esperar nada de ninguém.
Ainda que o distanciamento magoe e machuque.
Ainda mais para quem se sente merecedor de um mínimo
de reconhecimento e reciprocidade.
Ledo engano. Ninguém se acha devedor.
Todos se acham merecedores.
Tudo tem seu preço.
Às vezes você não dá nada
e recebe tudo.
Em outras, é o contrário,
e até um pé na bunda acaba recebendo.
Ces´t la vie, como diriam os chineses.