A vida só muda
quando a gente muda.
DEUS ME LIVRE DOS AFETOS
Meus afetos me fazem mais mal do que meus desafetos.
É o preço que se paga pelo amor, pelo apego, pelos cuidados,
pelas preocupações.
No mais das vezes não correspondidos,
sequer valorizados.
E o pior é que não se pode fazer nada a respeito.
O que vai no íntimo de cada um, ninguém sabe.
Ninguém ao outro verdadeiramente conhece.
Nem mesmo os entes queridos.
Que são os que mais nos decepcionam.
As vezes sem culpa estabelecida.
Nós é que os superestimamos. Nos iludimos.
Eis porque rezo a Deus
para que me livre do jugo dos afetos.
Que dos desafetos me livro eu.
doce e singular servidão
Nem todo saber que perscruta o tempo incessante
é capaz de conciliar
as mais preciosas dádivas : amor e liberdade.
Amar é a mais doce e singular servidão,
posto que consentida.
Abre-se mão da liberdade, como no paradoxo do eleata,
em nome da ilusória doação incondicional.
Amor de entrega, que persiste, não obstante feito
de devoção e guerra.
Pois não há um instante em que não possa ir
do Paraíso ao Inferno.
Não há liberdade no amor.
Não há liberalidade no enleio amoroso.
Ninguém conhece o mapa da alma de uma mulher,
como já cantou alguém.
Como tudo na vida, da empolgação à decepção,
é só uma questão de tempo.
Tudo nos remete ao adeus.
O que nos parece divino, dura o tempo
que duram as fugazes magias.
Fazer durar em meio a tantos antagonismos
é como tatear às cegas.
Arriscando-se à tudo.
Sem certeza de nada.
check-in Missão cumprida, estou de partida. Com direito a check-in e tudo mais. Só espero por um final digno e e...