quinta-feira, 8 de abril de 2021



           de tormento em popa



Assim como o veleiro depende do vento,  

meus versos só fluem em meio ao tormento. 

Invejo aqueles que escrevem assepticamente.

Imunes as emoções, aos atropelos do coração.

Me falta estofo.  

Sou o que sinto.

Até quando minto.


sexta-feira, 2 de abril de 2021




Acho a poesia modernista uma bosta.

É como um navio que perdeu a rota.


 




Agora

que tudo

o que eu achava

não vale mais nada,

não acho

o fio de meada.


 



O mal da evolução 

é ser oca por dentro.



 





Acho os tempos atuais, sobretudo, insossos.

É como se a vida estivesse no osso.


 




                       viver a dois





Acho que, enfim, me achei.

Sozinho, sem decepcionar, 

sem prejudicar ninguém.

Sem fazer ninguém sofrer.


Sou, hoje, o que deveria ter sido sempre.

Tivesse ficado sozinho.

Viver a dois

traz à tona nossos piores defeitos.

O quê nem todo mundo aguenta.

Nem merece.





Tenho vontade

Tenho ideias

Só me falta o larjan


 

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