segunda-feira, 12 de abril de 2021

domingo, 11 de abril de 2021


Haicais domingueiros

 




 

Domingo, dia da preguiça. 

Toca encher linguiça. 


Domingo que é domingo

a gente passa rindo.


Domingo que é domingo não fica sem missa. 

Ou pissa.


Domingo é só alegria. 

Seja com churras ou frango de padaria.


Domingo é bom até quando chove.

Pra ficar no modo love...


Domingo é tudo de bom. Dormir até tarde,

o macarrão da mama, futebol, namorar.

Sem contas pra pagar...


 







quinta-feira, 8 de abril de 2021



 


                       As coisas são o que são 




Porque em todas as coisas feitas de água, ferro e fogo,

o perfeito e o imperfeito se misturam.

Porque a gente é capaz das coisas mais sórdidas.

Porque estamos sempre disponíveis para novos erros.

Porque a gente esquece tudo facilmente.

Porque a gente nunca aprende.

Porque a gente não sabe ser feliz.

Porque a gente está sempre se desviando das rotas.

Porque a gente não viaja o bastante.

Porque o espaço entre nós é similar ao abraço

que não foi dado.

Porque você é mais bonita nas lembranças.

Porque eu nunca vou me desculpar por sentir tudo

à flor da pele.

Porque ninguém ao outro verdadeiramente conhece.

Porque a ausência dói mais que a saudade.

Porque os dias ensolarados são os piores.

Porque o amor que salva é o mesmo que mata.

Porque a gente nunca se lava dos pecados.

Porque o amor nos torna vulneráveis. 

Porque um pouco de álcool de vez em quando é a melhor terapia.

Porque ainda há um pouco de você em tudo o que toco.

Porque o amor também pode ser equânime 

e tranquilo. Mesmo que o teu corpo a outro pertença. 

E a intimidade se tornado estranheza.

Porque o elixir da memória não é uma 

dádiva duradoura.

Porque até os melhores perfumes perdem o cheiro.

Porque a gente é de carne e osso.

E não existe culpa em se rebelar com uma vida de 

merda. 

Porque no fundo a gente está sempre sozinho. 

Porque os afetos "são distinções que decidiram 

coexistir."

Porque as coisas são o que são. 

Ou não.














           de tormento em popa



Assim como o veleiro depende do vento,  

meus versos só fluem em meio ao tormento. 

Invejo aqueles que escrevem assepticamente.

Imunes as emoções, aos atropelos do coração.

Me falta estofo.  

Sou o que sinto.

Até quando minto.


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