coisas que não tem nome
No descomeço de tudo, coisas que não tem nome
se apropriam do acaso para traçar o destino traiçoeiro.
O vazio preenche os espaços rompendo muralhas,
arrefecendo ímpetos selvagens.
O coração estranho subjugado
pela visão mítica da realidade simbólica.
Parei de me enganar. O tempo de ser feliz
é escasso.
Somos escravos das aparências.
Laços se desfazem à noite, fragilizados
pela inútil espera.
A consciência de silício incorpora os males
para superar as agruras.
Paixões fortuitas projetam dissabores orgânicos.
A compaixão releva os pecados que o amor
não perdoa.
O ardor sem contexto salva o mundo
da normalidade doentia.