domingo, 9 de abril de 2023
sábado, 8 de abril de 2023
hoje eu sei quem sou
Hoje eu sei quem sou.
Sei o poder imenso que mora em mim.
Minha melhor versão tem mandíbulas de leão,
garras de águia, coração de gente.
Me encontrei quando me perdi.
As diletas circunstâncias devo tudo que tenho.
As coisas não ensinadas devo tudo o que sei.
Sem carência de nada, deixei o ontem
num recanto da memória.
Sem mapas, rotas, planos, vivo intensamente
o agora.
Prelibando o futuro ontológico.
Carpindo cada dia como se fosse o último.
Incógnito, devoro um pedaço da minha carne
para não depender de ninguém.
coisas que não tem nome
No descomeço de tudo, coisas que não tem nome
se apropriam do acaso para traçar o destino traiçoeiro.
O vazio preenche os espaços rompendo muralhas,
arrefecendo ímpetos selvagens.
O coração estranho subjugado
pela visão mítica da realidade simbólica.
Parei de me enganar. O tempo de ser feliz
é escasso.
Somos escravos das aparências.
Laços se desfazem à noite, fragilizados
pela inútil espera.
A consciência de silício incorpora os males
para superar as agruras.
Paixões fortuitas projetam dissabores orgânicos.
A compaixão releva os pecados que o amor
não perdoa.
O ardor sem contexto salva o mundo
da normalidade doentia.
sexta-feira, 7 de abril de 2023
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